sábado, 21 de abril de 2012


MARIA DA GRAÇA DUTRA - DENÚNCIA DE FLORIANOPOLIS
É REVOLTANTE A SITUAÇÃO DESSE ANIMAL, QUE TEVE QUE SER EUTANASIADO
Pessoal,
Peço desculpas pela crueza das fotos. Sempre evito divulgá-las mas às vezes a revolta é tão grande que temos que ser fortes e encará-las para que a revolta possa ser maior que a impunidade do culpado.

Ontem pela tarde (04/04/2012) chegaram até a Dibea um BO, uma denuncia telefônica e fotos de um pitbull acorrentado no depósito da Auto Peças SOCCOL, na SC 401 em Canasvieiras, Florianopolis. 

Comparecemos imediatamente ao local dos fatos com a equipe de resgate e a polícia militar e o que encontramos superou nossas expectativas. Encontramos três cães acorrentados sem água ou comida e um pitbull acorrentado e sem o rosto, já devorado por uma bicheira de no mínimo duas semanas! No local foi encontrado um zelador, estrangeiro, que afirmou serem os animais do dono do local, um tal de sobrenome SOCCOL, que dá nome ao estabelecimento. Foi feito um telefonema para o responsável que porém não compareceu ao local dos fatos (seria preso por flagrante delito).
Ontem mesmo tentei contatar com toda a mídia mas pelo adiantado da hora e ser véspera de feriado não consegui muito.

Peço a ajuda de vocês para denunciar este caso que revoltou a todos. Só indignação não basta. É preciso divulgação.
E o pior, o responsável pelo animal costuma ADOTAR animais das protetoras, tendo comparecido a algumas feiras de adoção. Foram retirados do local mais dois animais que teriam a mesma sorte: um vira-lata e um chow-chow.
O pitbull teve que ser eutanasiado e o corpo está na Dibea como prova.


segunda-feira, 26 de março de 2012

Cadelinha de três meses fica paralítica por causa de maus tratos do dono, polícia vai investigar sobre o caso. (Que seja feita justiça )

A Polícia Civil abriu inquérito nesta sexta-feira (16) para apurar um caso de maus-tratos contra uma cadela vira-lata de 3 meses, que teria sido chutada pelo tutor e perdeu os movimentos das patas traseiras. A cadelinha, que foi batizada como Mel, está há 19 dias em uma clínica veterinária de Campo Grande, e teria sido levada pelo tutor que não voltou ao local. De acordo com a médica veterinária Ana Lúcia Salviatto, a cachorrinha foi deixada na clínica no dia 27 de fevereiro por um homem que dizia tê-la encontrado na rua. Dois dias depois o suspeito acabou dizendo que tinha chutado o animal. “Nós desconfiamos e no final ele disse que tinha a mal tratado e nunca mais apareceu”, recorda a veterinária. Mel teve fratura na tíbia e os membros inferiores ficaram paralisados, a cadela não anda e não consegue se equilibrar nas patas da frente. A filhote toma medicamentos para fortalecimento muscular e vitaminas. Ana Lúcia afirma que uma cirurgia, sessões de fisioterapia e acupuntura serão necessárias para que a cadela tenha melhor qualidade de vida. “As chances dela andar são mínimas, depois da cirurgia vamos avaliar a condição clínica dela”. Depois de estabilizar a saúde do animal, a médica divulgou o caso nas redes sociais. A foto da cadela foi visualizada por várias pessoas e a lista de possíveis novos tutores da Mel já passa de 100 pessoas de cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Campinas e até Londres, na Inglaterra. A veterinária conta que no primeiro contato que teve com a cadela chegou a pensar em praticar a eutanásia em razão das dores que o animal sentia, mas depois de analisar a condição clínica, resolveu continuar com o tratamento. “Nós vamos explicar para as pessoas que não é um animal fácil, o trabalho e gasto serão grandes. Se ninguém tiver condições, vamos ficar com ela aqui na clínica. Já estão todos apegados”, conta Ana Lúcia.


O delegado Miguel Said da 1ª Delegacia de Polícia Civil da capital disse ao G1 que soube do caso através das redes sociais e decidiu investigá-lo. “Nós tomamos conhecimento e entramos em contato com a clínica, as investigações estão iniciando e temos alguns indícios que podem ajudar na identificação do suspeito”. A pessoa responsável pela agressão pode responder por crime de maus-tratos, com pena de três meses a 1 ano de detenção. De acordo com o delegado, o caso deve ser repassado para a Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista ainda nesta sexta-feira. Médicos veterinários de várias especialidades se prontificaram a atender a filhote depois que souberam do caso pela internet. Fisioterapeutas, acupunturistas e um médico ortopedista irá realizar a cirurgia sem cobrar nada. Uma cadeira de rodas adaptada, conhecida como carrinho, também deve ser doada para que Mel consiga se locomover com as patas da frente. “No início queríamos um dono, agora estamos buscando doações para que ela tenha toda o tratamento de ótima qualidade sem custo algum”, afirma Ana Lúcia.



Fonte:anda.jor.br 

sexta-feira, 23 de março de 2012

Caso Dalva


Exame toxicológico confirma que alta dosagem de anestésicos levou 37 animais saudáveis à morte

22 de março de 2012 às 6:00

Por Fátima Chuecco (Da Redação)

O laudo toxicológico apontou que os 37 animais encontrados em sacos de lixo e na casa de Dalva Lima da Silva, na noite de 12 de janeiro, na Vila Mariana (SP), foram a óbito devido a uma alta dosagem de anestésicos injetados diretamente no coração. Todos os animais, na maioria filhotes, tinham uma perfuração no peito. A única exceção é da cachorrinha de laçinho rosa (foto), entregue à Dalva algumas horas antes do crime, que apresentava 18 furos na região peitoral, o que indica que houve dificuldade em localizar o coração do animal e isso deve ter causado um sofrimento terrível.
Dalva alega ter aprendido a matar os animais com um veterinário amigo da família. A médica veterinária Rafaela Costa Magrini explica que acertar o coração pode ser fácil para quem estudou a anatomia do animal, mas uma pessoa sem conhecimento e prática teria dificuldade. Ela diz também que a administração intracardíaca pode doer: “A perfuração no coração causa um incômodo e um pouco de dor, mas o que pode ter sido mais dolorido são as várias perfurações em animais sadios. Além disso, eles deviam ficar com muito medo e o estresse da situação aumenta o nível de dor”.
Na casa de Dalva foram encontradas agulha de grosso calibre. A veterinária esclarece que, dependendo do tamanho do animal, a agulha deve ser mais ou menos comprida, com maior ou menor calibre. Caso não seja dessa forma, o animal sentirá muita dor, pois, terão que ser feitas várias tentativas para acertar o coração.
“O tipo de medicamento também influencia. Existe medicamento exclusivo para eutanásia que causa uma parada cardiorespiratória sem que o animal sofra, porém, vários profissionais só realizam esse procedimento, mesmo com esse medicamento, começando com uma anestesia geral. Na necessidade de uma eutanásia sou a favor de uma morte sem qualquer sofrimento”, diz.

Será que Dalva agia sozinha?
Filhotes de gatos podem oferecer pouca resistência, mas Dalva também matou gatos adultos e cachorros. “Só é possível realizar o procedimento intracardíaco sem ajuda de ninguém se o animal estiver muito doente (inapetente), mas caso esteja saudável e forte precisará ser imobilizado de alguma forma”, comenta a veterinária.
Na casa localizada à Rua Mantiqueira, número 168, onde Dalva residia, há duas outras casas menores no subsolo e numa delas vivia a filha mais velha, Alice Queiroz, de 22 anos que disse à polícia desconhecer o que a mãe fazia. Inclusive, por falta de indícios e testemunhas, Alice não será processada. A outra casa era normalmente alugada, mas na ocasião do flagrante estava vazia.
Na parte superior na casa está o ponto mais macabro da história. Um quartinho sem janelas, parecido com um porão, que bate com a descrição dada por uma antiga faxineira da casa. Ela contou que era proibida de entrar nesse recinto, mas nas raras ocasiões em que esteve lá para a faxina, viu sangue, fezes e urina. Na noite da vistoria o quartinho foi revistado: havia móveis velhos, jornais e gaiolas.
Ficha Suja
O próximo passo é o laudo dos vidros de remédio encontrados na casa, Dopalen e Xilazin, a fim de descobrir se os princípios ativos são de uso controlado ou proibido. Em seguida, o delegado José Celso Damasceno, responsável pelo caso junto à Divisão de Investigações Contra o Meio Ambiente do DPPC (Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania), relatará ao Juiz com o intuito do caso ser encaminhado para o Ministério Público Criminal.
Um fato importante, que não encerra o assunto, mas ajuda, é que independente do resultado do processo que Dalva responderá por maus-tratos com resultado de morte, seu nome ficará para sempre marcado como tendo passagem pela Polícia. Isso porque o delegado a indiciou criminalmente. Como as leis brasileiras ainda são bastante brandas para casos como esse, não aumentando a pena para pessoas que matam animais em série ou em massa (e Dalva se inclui nas duas categorias), a população teme que o desfecho seja apenas a cobrança de uma multa ou serviços comunitários.
Contradições de uma mente perversa
Vale lembrar que Dalva confessou estar matando animais há pelo menos um ano em função da escassez de adotantes e custo elevado com veterinários, mas dos 37 animais encontrados mortos na noite de 12 de janeiro, ela só assumiu ter matado seis por estarem, segundo ela, “muito doentes”. No entanto, após as necrópsias, constatou-se que todos os animais estavam saudáveis e perfeitamente adotáveis.
Dalva recebe duas pensões alimentícias e tem mais de um imóvel. Seu rendimento mensal, segundo seu próprio advogado, é o suficiente para ter um bom padrão de vida e bancar escola particular para duas filhas – lembrando que Alice entrou na USP esse ano e não precisa mais de suporte financeiro para os estudos como antes. Ou seja, aparentemente, não há motivação comercial para os crimes e nem faltava dinheiro para ração e custos veterinários.
Além disso, se ela alega não ter condições de doar e nem de ficar com os animais, por que continuava recebendo-os? A Santa Casa de Misericórdia, com ajuda do CCZ e de protetores, entregou cerca de 300 gatos na casa de Dalva alguns anos atrás, cujo paradeiro ela nunca soube informar. Outra testemunha contou ao delegado Damasceno ter visto Dalva aplicando uma injeção diretamente no peito de um gatinho levado para doação. O gato “apagou” na hora. Dalva disse que era só para “acalmar” o bichinho.
Outro depoimento dúbio: Dalva alega “amar os animais”, mas tira a chance deles viverem e os embala em jornais para serem levados embora como lixo. Dizia para as pessoas que arranjaria adotantes para os bichos numa atitude típica de protetora, mas contou ao delegado que nunca disse ser uma protetora ou ter sítio. Algumas testemunhas disseram que uma condição imposta por Dalva era não devolver os animais, ou seja, houve também irresponsabilidade por parte dessas pessoas que não se importaram de saber o destino dado aos bichos entregues a ela.


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Sobre a crueldade contra os animais


by pontodepauta
Ghyslaine Cunha [Hiroshi Bogea]

A crueldade para com os animais sustenta, de tal maneira, o modo de produção, os costumes e as tradições em que estamos inseridos, que seria preciso uma verdadeira revolução do amor, para que percebêssemos a imensa violência cometida contra esses seres que convivem conosco na face da terra, não para nosso uso e abuso, não como nossa propriedade, mas por uma lógica para nós ainda desconhecida, em seu próprio processo evolutivo.
À humanidade, caberia irradiar ao planeta, e a tudo o que nele vive, o amor. Infelizmente, não é, ainda, o amor a energia que reina sobre a terra, apesar de, há mais de dois mil anos, um ser de alta Luz ter vindo aqui para nos ensinar a amar. Porém, se ainda não conhecemos esse amor maior, ao menos o respeito é nosso dever ético, enquanto seres humanos.
Inicio este texto pedindo que façamos um pequeno exercício: pensemos nos limites de nossa cidade e, dentro desse limite, pensemos em todos os restaurantes e lanchonetes, desde os fast foods aos lanches de esquina, e nos cardápios oferecidos nesses locais. Raramente encontraremos um prato livre de carne, leite, manteiga ou queijo de origem animal e quando falo em carne animal, não estou me referindo apenas à carne bovina, mas a toda carne de origem animal: peixes, galinhas, patos, coelhos, camarões, e todos os outros.
Visualizemos, agora, aqueles setores de venda de carnes dos supermercados, ou os açougues… Agora pensemos nos remédios disponibilizados nas farmácias alopáticas, pensemos nos produtos de limpeza e nas maquiagens. A grande maioria das empresas fabricantes realiza testes em animais. Pensemos, ainda, nos rodeios, touradas, circos que utilizam animais, rinhas de galo, e outras formas disso que chamam ‘diversão’ para alguns seres humanos. Pensemos, também, nas roupas de couro, peles e penas de animais que sustentam grande parte da indústria da moda, e pensemos, só mais um pouquinho, nas tradições religiosas que sacrificam animais, e nas universidades que, em nome da ciência, usam métodos grotescos de vivissecção. Não são apenas alguns casos isolados. São todos os restaurantes e lanchonetes, à exceção dos veganos, todos os supermercados, todas as farmácias de remédios alopáticos, a ampla maioria dos laboratórios, e muitas grifes, e por ai vai! Trata-se de todo um sistema estruturado a partir do sofrimento animal. Se observarmos o que citei acima e multiplicarmos isso por todas as cidades do Brasil, da América Latina, ou se visualizarmos isso no âmbito do globo terrestre, podemos ter uma pálida idéia de quanta crueldade a humanidade vem produzindo sobre a face da terra contra os animais.
Para tudo isso, há assassinato em série e tortura em verdadeiros campos de concentração onde a espécie animal é miseravelmente escravizada e aviltada em todos os seus direitos básicos, pela espécie humana. Sim nós somos os produtores e consumidores de um dos piores tipos de sujeição e crueldade sobre a terra: o especismo, a escravização de uma espécie sobre a outra. E, sim, os animais são sujeitos de direitos, possuem senciência: a presença de estados mentais que acompanham sensações físicas. Segundo a Sociedade Vegetariana Brasileira “A senciência é um conceito que combina os termos sensibilidade e consciência” em um grau que permite aos animais, porque possuem órgãos sensoriais, sistema nervoso, um conjunto orgânico complexo que permite experimentar sensações e sentimentos, estabelecer relações de afeto, instinto de maternidade, sentir dor, medo, perceber ameaças, acionar instintos de sobrevivência e autodefesa, dentre outros.
Se uma cadela e uma gata são capazes de expressar sentimentos por seus filhos, também uma vaca, como qualquer mãe humana, ama seu filho e chora, e grita desesperada quando ele, violentamente, é retirado de junto dela, para que seu leite seja destinado à indústria e ao consumo humano, enquanto seu filho se torna carne retalhada nos açougues. Da mesma forma a galinha, quando põe seus ovos, espera que nasçam seus filhos. Ela também é tão mãe quanto qualquer mãe humana. No entanto, a indústria, ou vende os ovos antes do choco, ou deixa nascer os pintinhos para queimá-los e torrá-los, e serem vendidos em forma de tempero em pó, isso, quando não crescem e se tornam, também, parte desse brutal e doentio mercado de cadáveres animais.
Outro dia um amigo me perguntava como se deu minha opção pelo vegetarianismo. Respondi que por volta de 1985 minha mãe estava desenganada, com uma grave doença, e um terapeuta, amigo da família, sendo vegetariano, nos indicou, em meio a um tratamento terapêutico, esse tipo de alimentação. Hoje ela está muito bem, obrigada. Porém, esqueci de contar ao meu amigo que senti uma alegria e um alívio profundos quando fiquei diante dessa possibilidade, porque no meu subconsciente uma semente plantada, quando criança, dava sinais de vida. Quando tinha apenas oito anos viajei com a família, em férias, ao Marajó. Fomos conhecer uma fazenda de gado e búfalo. Era um passeio e os donos da fazenda nos receberam com uma churrascada. Após comermos o churrasco de gado e provarmos o queijo de búfalo, fomos levados a passear pela fazenda e quando passávamos perto do abatedouro, um de meus tios fez referência ao local. O dono da fazenda, que nos acompanhava, iniciou uma explicação sobre os métodos de abate, quando um boi começou a seguir pelo estreito caminho que dava no fim de sua vida. Em determinado momento o boi parou e foi empurrado pelo empregado da fazenda. O boi resistiu várias vezes e foi esmurrado. Aquilo começou a me desesperar. Eu lembro que subi na cerca feita de toras de madeira do abatedouro e comecei a pedir à minha mãe para que salvasse o boi. Implorava a meu pai, já chorando, que não deixasse bater no boi, que não deixasse matar o boi. O boi começou a chorar. Comecei a gritar enquanto minha mãe e meu pai tentavam me arrancar da cerca, mas minha força era tanta que foram necessários mais dois homens para me tirar dali. Assim que me soltaram no chão, desmaiei.
Quando acordei, em um posto de saúde de Salvaterra, a crise de vômito e o mal estar eram sinais do abalo emocional que me dominara por completo. A mesma dor, em mim, voltou a se repetir outras vezes, já na feira do meu bairro, diante do abate de galinhas. A partir daí meu pai passou a evitar minha presença nas pescarias com os amigos, porque minha tarefa principal era devolver todos os peixes aos rios, assim que eram colocados nos baldes. Era uma criança e queria proteger os animais, como toda criança quer, antes de ser embrutecida. Depois disso, voltei a comer carne animal, porque, aos poucos, a família, a escola, os aniversários dos colegas, os lanches com os amigos, a universidade, tudo negava aquela dor um dia sentida. Até que a doença de minha mãe nos despertou. Tornei-me vegetariana, mas ainda consumia leite e seus derivados de origem animal, até que conheci a Unibiótica e, depois, Figueira, um centro de cura espiritual e consciência profunda no interior de MG que irradia amor, paz e luz. Em Figueira o veganismo é natural e até os animais são vegetarianos.
Mesmo assim, ainda demorei, até que a consciência foi realizando seu trabalho no contato com textos e vídeos sobre os direitos animais, e decidi tornar-me vegana, ou seja, não consumir nada de origem animal, nada a partir do sofrimento animal, nada que seja produto da intervenção humana na vida animal, ou da tortura e do assassinato de animais. Tornei-me mais feliz, mais leve e mais saudável. Mas não apenas por mim, e sim para poder pedir a todas as pessoas que amo que façam o mesmo: que tenham consciência, postura ética, respeito, amor pelos animais. A maioria ainda não consegue escutar. Tenho amigos que afirmam não conseguir ver esses vídeos onde animais são barbaramente torturados até a morte. Sintomático. Estão habituados a um consumo inconsciente. Vida de gado, como diz a canção.
Nesse meio tempo, todos os mitos foram caindo e pude perceber o quanto era guiada pela propaganda que tripudia ao mostrar uma vaquinha feliz nas caixas de leite. Pudéssemos entender o tamanho do sofrimento desses animas e jamais tomaríamos um único copo de leite, sempre acompanhado de pus, porque os tubos endurecidos das máquinas que sugam o leite machucam e inflamam, por dentro e por fora, suas glândulas mamárias. Aí a indústria diz que pasteuriza o leite, mas o pus, mesmo pasteurizado, continua lá e é reconhecido pela Anvisa e pelo Ministério da Agricultura que permite, em um Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, o máximo de 2 miligramas de matéria orgânica, o pus, por litro de leite.
Vamos aos mitos:
Proteínas? Conforme informações várias, inclusive as do site Vida Natural (clínica adventista), as proteínas são nutrientes indispensáveis para a saúde do ser humano pois participam da renovação celular, reparo de tecidos, função muscular, síntese hormonal e produção de enzimas. Mas as pessoas costumam superestimar as proteínas em relação à quantidade necessária. De acordo com a OMS, a quantidade de proteína que o organismo necessita é de 0,8g por kg de peso para os adultos e 1g por kg de peso para as crianças. Por exemplo, um adulto de 70Kg necessita de 56g de proteína diariamente. A recomendação é que as proteínas forneçam 10 a 12% do valor energético total da dieta. Por exemplo, numa dieta de 2000 calorias, apenas 200 deveriam ser fornecidas pelas proteínas.
O consumo de proteína animal na dieta pode contribuir para diversos problemas de saúde, tais como osteoporose devido à perda de Cálcio corporal através da urina, que ocorre porque a proteína animal aumenta a acidez do sangue, o que predispõe o organismo a utilizar componentes ósseos para neutralizar essa carga ácida; a sobrecarga renal, que pode levar a problemas como cálculos renais e até mesmo insuficiência renal, porque durante o metabolismo das proteínas de origem animal são produzidos alguns resíduos como uréia, creatinina e ácido úrico que são tóxicos ao organismo e precisam ser excretados pela urina. Quanto mais proteína, mais esforço renal. A perda de Cálcio na urina também aumenta o risco de cálculos renais; o aumento dos riscos de doenças cardiovasculares como aterosclerose, devido à elevação dos níveis de colesterol sanguíneo; o câncer é outro problema relacionado ao consumo excessivo de proteína animal, devido à presença de altos níveis de hormônios de crescimento que estimulam a multiplicação de células cancerígenas; e a carne animal também é depressora do sistema imunológico, diminuindo um grupo de glóbulos brancos chamado “natural killers” que tem a função de destruir células estranhas, tais como o câncer.
Mas onde estão as proteínas de origem vegetal? Todos os grãos e sementes são boas fontes de proteína vegetal. As principais fontes são: Leguminosas (Feijões, Soja, Lentilha, Ervilha, Grão-de-bico, Fava, Tremoço); Castanhas (do Pará, de Caju, Amêndoas, Avelãs, Amendoim, Nozes, Pistache); Sementes (Gergelim, Linhaça, Semente de Girassol, Semente de Abóbora); Cereais (Arroz integral, Aveia, Milho, Trigo, Centeio e derivados). A simples combinação dos Cereais com Feijões ou Castanhas fornece uma proteína completa com todos os aminoácidos essenciais que são os tijolos que compõem as proteínas. Existe uma enorme variedade de deliciosas receitas ricas em proteína vegetal. As fontes de proteína vegetal não contêm proteínas em excesso, são pobres em gordura, isentas de colesterol e ricas em fibras, aumentando significativamente a longevidade e qualidade de vida.
Cálcio? Nos diz o Dr. George Guimarães, nutricionista que “Se uma associação de feirantes pudesse desenvolver uma campanha para promover os alimentos vegetais como boas fontes de cálcio, o que eles promoveriam? Os vegetais verde-escuros (brócolis, couve e quiabo) são excelentes fontes de cálcio e estão acompanhados de uma série de outros nutrientes importantes para o metabolismo do cálcio, como o potássio e a vitamina K. As frutas secas (figo, damasco, uva-passa) e as castanhas e sementes (nozes, avelãs, amêndoas, castanha-do-Pará, semente de girassol, gergelim, entre outras) são fontes bastante concentradas deste mineral e são muito fáceis de serem armazenadas, transportadas e consumidas. Já as leguminosas (soja, lentilha, ervilha, grão-de-bico, feijões), muitas delas tão presentes no cardápio do brasileiro, são também boas fontes e o melado-de-cana completa a lista oferecendo uma grande concentração de cálcio. Estas são as principais fontes de cálcio em uma dieta livre de produtos de origem animal.”
Tanto isso é verdade que o Conselho Regional de Nutricionistas da 3ª região (CRN-3), que orienta e fiscaliza a profissão dos nutricionistas nos estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo, acaba de divulgar o seu parecer liberando as dietas vegetarianas. Nele, o CRN-3 admite e recomenda que:
1) a natureza biológica do ser humano o permite escolher o que comer;
2) é possível atingir a adequação nutricional com dietas vegetarianas desde que observados alguns cuidados;
3) as dietas vegetarianas podem ser adotadas em qualquer ciclo da vida e;
4) cabe ao nutricionista orientar o indivíduo visando a promoção da sua saúde. Orientar, e não julgar, a opção do indivíduo.
E diante de tudo isso, o mito maior também foi por terra: o de que o ser humano é carnívoro. Pura mentira. Em outubro de 2011 participava de uma entrevista no Sem Censura sobre um almoço vegano do Círio que o VEM – Vegetarianos em Movimento – estava promovendo e afirmei, na frente de dois médicos que também participavam da mesa, que o ser humano não é carnívoro, e ambos concordaram comigo. Nenhum dos dois, vegetariano.
Carnívoros são os animais que matam suas presas e as devoram com o sangue ainda quente, oxigenado, como por exemplo: o leão, o leopardo, a onça, o tigre e outros. Carniceiros são os animais que não têm capacidade ou coragem de matar suas presas, e que esperam que outros a matem para devorá-las mais tarde, com o sangue já frio, como, por exemplo, os abutres, urubus, hienas, corvos e outros. Agora ficou difícil, né?
Trecho de um belo texto do site “Guia Vegano”, nos mostra que “conforme a teoria evolutiva corrente, por volta de 6 e 7 milhões de anos atrás viveu nas florestas africanas um antepassado do homem do tamanho de um chimpanzé, denominado Orrorin tugenensis. Esse proto-homem passava a maior parte do tempo nas árvores, em busca de seu alimento (frutas e folhas), mas as vezes descia ao solo. (…) Por volta de 4 milhões de anos atrás, (…) surgia então o gênero Australopithecus, com representantes com pouco mais de 1 metro de altura, cérebro pequeno e rosto largo, cujos representantes mais conhecidos foram o A. afarensis e o A. africanus. (…) As frutas já não eram tão abundantes como na floresta, e o capim, que agora abundava nas savanas, não era digerível. Também para obter outros tipos de alimentos eles tinham grande dificuldade, visto que esses hominídeos não eram bem adaptados à caça. Eles não eram rápidos o suficiente para alcançar uma gazela na corrida, nem tinham garras, presas ou força suficiente para abatê-las. Por isso, a maior parte do tempo, esses hominídeos passava forrageando, se deslocando em busca de folhas, raízes e frutos que conseguisse digerir. (…) Por volta de 2 milhões de anos atrás, a competição por recursos nas savanas africanas havia aumentado bastante. As florestas eram ainda menos abundantes e nas savanas proliferava uma fauna de grandes herbívoros pastadores; os grandes predadores eram mais eficientes no abate de presas e mesmo as carcaças por eles abandonadas precisavam ser disputadas com hienas e abutres. O homem precisou então (…) se tornar tão bom pastador quanto os outros pastadores ou tão bom predador quanto os outros predadores. Ou seja, precisava se tornar competitivo.”
Mas isso foi há muito tempo atrás, e nosso organismo se transformou bastante, até hoje. Não somos carnívoros. Não possuímos as características fisiológicas e nem os instintos dos carnívoros que os levam a matar e devorar suas presas. Se virmos um animal ferido na beira da estrada, nossa reação imediata é a de ajudá-lo, e não a de devorá-lo ali, cru. Se colocarmos uma criança perto de um coelhinho, a criança irá brincar com ele; já um filhote de leão, provavelmente, comerá o coelhinho.
Biologistas têm afirmado que animais que possuem as mesmas características físicas compartilham da mesma dieta. Pois bem, nossas unhas não são garras, nossos dentes não são enormes e afiados para rasgar carnes. O nível de acidez no suco gástrico dos estômagos dos carnívoros é altíssimo, suficiente para matar as bactérias que poderiam matar-nos, se comêssemos a carne crua. Carnívoros têm um sistema intestinal curto, três a seis vezes o tamanho de seu corpo, o que permite a passagem da carne de forma relativamente rápida. Nós temos um longo sistema intestinal que possui, em média, de dez a doze vezes o tamanho de nossos corpos, exatamente para que tenhamos tempo de “quebrar” as fibras e absorver todos os nutrientes de nossos alimentos. Quem consome carne animal precisa saber que ela apodrece nos intestinos durante o tempo da digestão, o que joga diversas toxinas no sangue, e origina vários tipos de câncer.
Desejo, sinceramente, que todas as informações que reuni neste texto sejam suficientes para fazer com que acreditem que é melhor, mais humano, mais saudável e mais ético adotar uma dieta vegetariana estrita e uma postura vegana ampla, na defesa dos direitos animais que, tal como os escravos do nosso período colonial, eram tidos como sub-raça pela arrogância dos que se julgavam superiores, mas que correspondiam, com essa atitude, aos ditames de uma lógica de mercado que sempre buscou e busca, até hoje, o lucro a qualquer preço, mesmo que isso custe vidas de animais não-humanos e humanos que se alimentam inadequadamente e depois precisam consumir remédios pra curar as doenças produzidas. Só as indústrias lucram com isso. Nós, humanos, e nossos irmãos, os animais, perdemos.
Desejo ainda que, além de cuidar de sua própria saúde, adotando uma dieta vegetariana e de passar a adotar uma postura ética em relação aos animais, com uma conduta vegana, possam também transformar suas consciências e passar a olhar e viver no mundo com mais amor, com mais cuidado e carinho, e com mais tempo para refletir sobre a vida e brincar na vida, como as crianças que um dia fomos e que estão adormecidas em nós… as crianças que jamais permitiriam, antes do embrutecimento, a um adulto maltratar um animal, as crianças que faziam o que era certo, antes de nos ensinarem a fazer o errado.

Ghyslaine Cunha é editora do blog Amores Meus, Vida Minha

“Tutora” mata seu cão com um tiro, em Mairiporã (SP)


10 de novembro de 2010 às 18:01


Foto: Arquivo pessoal
Este Bernesse de quatro anos  foi assassinado por sua “tutora”, Fernanda, com um tiro. Estava com a pata machucada e vivendo em um lugar minúsculo. Sua solidão era tanta, que ele chegou a roubar um coelho da vizinha para lhe fazer companhia.Estava se tornando agressivo por causa dos maus-tratos.
Uma protetora, que prefere não ser identificada, tentou, em vão, tirá-lo daquele martírio, mas não deu tempo e, quando soube do crime, foi à delegacia, onde o veterinário que presenciou o crime fez um Boletim de Ocorrência. Além do assassinato, a mulher ainda pode ser indiciada por porte ilegal de armas, pois ela não possuia licença.





Fernanda matou seu cão com um tiro.
Foto: Arquivo pessoal

Cão saudável é abrigado temporariamente em clínica veterinária e morre vítima de maus-tratos e negligência

Crime/SP

17 de dezembro de 2010 às 10:50

Camila Junges | jb.camila@gmail.com





Negão foi resgatado das ruas em 11/10/10 em perfeito estado, forte e bem tratado, estava mancando na pata direita mas logo depois melhorou. Foi encaminhado para a clínica do Dr. Felipe Benevide Bindilatti, onde iria para seu hotel de animais em Mairinque. 

Passando quase um mês em que o animal estava no hotel, fiquei sabendo pelo veterinário que seu hotel iria fechar.Então, combinamos que ele teria que trazer o meu cachorro para seu consultório e assim seguir para um hotel terceirizado.
 

No dia 19/11/10, Dr. Felipe teria alugado um caminhão baú e colocado todos os animais de seu hotel dentro, inclusive o meu Negão. Eu não sabia de nada até receber a ligação dele informando que o meu cachorro havia sofrido um acidente no transporte e que tinha quebrado um dedo da pata esquerda e já estaria medicado.
 

Chegando no consultorio encontro meu animal deitado sedado em uma baia, muito mais magro do que era, com a pata esquerda inteira enfaixada. Ele ainda me disse que aproveitou a anestesia com que fez o curativo para castrar o animal! Indaguei que ele não poderia ter castrado se nem mesmo tinha minha autorização. Ele garantiu que ele ficaria bem. 

Passado dois dias, no dia 22/11/10, ao ligar para o consultório, ele me informa que o animal morreu na madrugada do dia 21/11 para o dia 22/11. Disse   que havia ligado durante todo o sabado e durante o feriado  e questionei o fato de o que o animal ter ficado sozinho na clínica e sem cuidados.Um animal que estava recém-operado e com ferimento na pata, cuja proporção me fora ocultado. 

Levei meu animal para a Provet, onde foi feito exame de Necrópsia.O resultado do exame e as próprias fotos falam por si.Justiça seja feita. Que esse animal tenha morrido para salvar a vida de muitos outros. 

O consultório que o animal morreu é Clínica PetBelo, e o veterinário responsável é Felipe Bindilatti Benevides. Rua Estevão Balão, 668, Campo Belo, São Paulo. 

Quando pensamos que estamos salvando vidas, estamos colocando nossos amados animais nas mãos de pessoas que não se importam com o sofrimento desses anjos.
Precisamos estar sempre atentos, visitando e dando amor aos nossos animais. Sei que muitos tem vários protegidos, os custos são absurdos, e se viram em mil para sanar todas as necessidades desses indefesos, mas é prioritário acompanhar nossos animais até a sua real adaptação depois de adotados. (Fotos:Arquivo pessoal)

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Pena para quem maltratar animais pode aumentar


Projeto que tramita na Câmara quer evitar crimes, 
como o que ocorreu no DF em dezembro
A pena prevista para quem abusar, maltratar, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos, pode aumentar de detenção de três meses a um ano para reclusão de um a cinco anos. É o que prevê o Projeto de Lei 3142/12, que altera a Lei 9605/98 e que está sendo analisado pela Câmara dos Deputados.

A pena de reclusão é reservada para crimes mais graves e pode ocorrer em regime fechado. Já a detenção é, em geral, cumprida em regime semiaberto ou aberto.


O autor da proposta, deputado Ricardo Izar (PSD-SP), argumentou que as penas atuais não têm inibido os crimes contra a fauna brasileira.

- Apenas no disque-denúncia de São Paulo, foram contabilizadas 265 denuncias em 2011. Esse é o número mais elevado já registrado e deve-se levar em conta que a denúncia desse tipo de crime ainda é uma prática pouco disseminada na sociedade brasileira, o que nos permite aferir que o número real é muito superior.
Caso chocante
Em janeiro deste ano, a enfermeira Camila Corrêa Alves de Moura Araújo dos Santos, de 22 anos, foi indiciada por espancar até a morte um cachorro da raça yorkshire em Formosa, no entorno do Distrito Federal. O crime ocorreu em dezembro e foi filmado por um vizinho, que colocou as imagens chocantes no site Youtube.

Tramitação
O projeto está aguardando despacho do presidente da Câmara, deputado Marco Maia, para seguir para as comissões da Casa.


Fonte: Agência Câmara/R7

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Cão é morto a facadas no Paraná


Sexta, 03 de Janeiro de 2012, 18h04

O último dia de 2011 foi marcado por uma atitude de crueldade contra um cão sem raça definida, morto a facadas na tarde do dia 31 de dezembro, em Guarapuava, cidade que fica no centro-sul do Paraná.
Um vídeo do resgate do cão foi colocado na internet para expor o caso, mas as cenas são extremamente fortes. A filmagem mostra Aldonei Bonfim, funcionário do canil municipal, removendo o cão que estava dentro de uma manilha (tubo de concreto utilizado em canalizações).
Bonfim informou ter sido comunicado apenas que um cachorro estava ferido na rua, por volta das 17 horas. Ele só percebeu a gravidade do caso depois de retirar o bicho, que estava com vários ferimentos.
Foram aproximadamente cinco golpes, espalhados pelo focinho, pata dianteira e dorso - esse último era tão profundo que permitia ver órgãos do cão.
Apesar de o animal ter sido socorrido com vida, ele não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo durante uma cirurgia para tentar salvá-lo. Nem mesmo a veterinária que o atendeu conseguiu conter a emoção ante tamanha crueldade.
O principal acusado de ter esfaqueado o animal é um homem de 50 anos, chamado Alcides Godói da Silva, que já foi indiciado por maus-tratos em razão desse triste episódio. Em depoimento, Silva alegou que sua atitude foi em legítima defesa, já que o cachorro teria entrado em seu quintal e avançado sobre ele. No entanto, algumas testemunhas afirmaram que o cão havia fugido em razão dos fogos de artifício e que havia se escondido embaixo do carro do agressor, que resolveu tirá-lo de lá a golpes de facão. O dono do cão ainda não se apresentou à delegacia.

Cartaz publicado na Internet

Fonte: estadão.com.br

MP denuncia enfermeira por agressão e morte de yorkshire em Formosa


10 de fevereiro de 2012 às 14:24


O Ministério Público do Estado de Goiás ofereceu denúncia criminal contra a enfermeira Camila Correa Alves de Moura Araújo dos Santos, acusando-a de crime ambiental e delito previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em razão da agressão e morte de um yorkshire, ocorrida em Formosa, em novembro do ano passado.

Na peça acusatória, o promotor Lucas Danilo Vaz Costa relata que, nos dias 12 e 13 de novembro de 2011, a denunciada feriu o cachorro em sua residência, na presença da filha J. de 1 ano e 6 meses.  Na avaliação do MP, a menina foi submetida a constrangimento ao testemunhar a agressão. De acordo com o promotor, Camila maltratou, deu vários chutes, golpes de balde na cabeça, puxões e tamponamentos de balde no animal, o que levou à morte o pequeno cachorro com poucos meses de vida.

Ao agir desta forma, sustenta a acusação, a enfermeira cometeu os crimes descritos no artigo 32, parágrafo 2º, da Lei 9.605/98 (Lei dos Crimes Ambientais), quando se pratica maus–tratos, ato de abuso, a animais silvestres, domésticos, nativos ou exóticos, bem como no artigo 232, da Lei 8.069/90 (ECA), quando o acusado submete criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento.

A pena prevista para crime ambiental varia de 3 meses a 1 ano de reclusão e multa; já para o delito do ECA a punição é de seis meses a dois anos de detenção.

Fonte: MP 

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Amarrada, cachorra é arrastada por motociclista em Araçatuba, interior paulista

11:42, 14 DE OUTUBRO DE 2011
MARIANA CAETANO
Foto: Roberto Gameiro


O porteiro Evaldo dos Santos Jesus, de 19 anos, amarrou e arrastou em uma motocicleta a cadela vira-lata que havia invadido o condomínio de luxo onde ele trabalhava, em Araçatuba, no interior de São Paulo.

Ao presenciar a cena, o funcionário público Jânder de Carvalho Inácio, de 42 anos, chamou a Polícia Militar. O porteiro foi demitido do condomínio e vai responder por crime de maus-tratos, cuja pena varia de três meses a um ano de prisão.

A cachorrinha, que sofreu as agressões nesta quarta-feira (12/10), recebeu os primeiros socorros no Hospital Veterinário da Unesp (Universidade Estadual Paulista).

Segundo Roberto Gameiro, membro da Associação Protetora dos Animais de Araçatuba (APA), o animal está se recuperando e não corre risco de morte.
Juliana Bacci

Fonte: Globo Rural

Cão enterrado vivo em São Paulo vai participar de ato contra maus-tratos

12.01.2012 - 10h36
Ellen Lima
Do UOL, em São José do Rio Preto (SP)


O cachorro Titã logo após ser resgatado depois de 12 horas enterrado (à esq.) e o animal hojeDivulgação/Marco Antonio Rodrigues
O cãozinho Titã, que suspotamente foi enterrado vivo em Novo Horizonte, região de São José do Rio Preto (a 399 km de São Paulo), será a estrela do evento Crueldade Nunca Mais, que acontece no próximo dia 22 e está mobilizando municípios de todo Brasil contra maus- tratos a animais.

Titã será levado ao evento na cidade e mostrado como exemplo. Ele foi encontrado quase morto, enterrado numa cova rasa no fundo de um quintal.
Com sarna, infecção nos olhos, anêmico e debilitado, ele foi atendido pela veterinária Viviane Cristina da Silva, que cuidou dele e o adotou.
As circunstâncias sobre como o cachorro foi enterrado ainda não foram esclarecidas. Segundo reportagem da “Folha de S.Paulo”, o delegado Luiz Fernando Calmon Ribeiro, que investiga o caso, disse que a versão de que o animal foi enterrado por seu dono não tinha sido comprovada.
Ainda de acordo com o jornal, o então dono do cachorro, o aposentado Orlando Santos, 59, negou ter enterrado o cachorro. Ele disse que o cão costumava fazer buracos para aliviar a coceira causada pela sarna. Para especialistas, porém, é improvável que a cão tenha se enterrado.
Hoje o cãozinho é brincalhão e está totalmente recuperado. O único cuidado é um remédio para combater a sarna, que tem de ser ministrado por mais 30 dias para que a doença não volte.

“A recuperação da pele foi mais rápida do que eu esperava. Ele está totalmente recuperado”, disse Viviane ao UOL.

A veterinária conta que nunca tinha visto um caso de maus-tratos assim antes. Ela atua desde 2007 e cuida de pequenos animais.

Viviane tem três cadelas e um gato e agora Titã é o xodó da família. O cãozinho a segue pela casa e brinca com tudo que pode. “Ele é brincalhão e bem ativo”.

A mobilização para protestar contra maus-tratos a animais mobiliza a cidade e além de Titã, vai contar com a participação de um cão que foi baleado e sobreviveu.

O animal seria sacrificado pelo dono, que matou outros dois cães, por suspeitar que eles estavam matando carneiros de sua propriedade num sítio no município de Itajobi, município próximo a Novo Horizonte. O animal sobreviveu mesmo depois de levar um tiro no maxilar.
O responsável por enterrar Titã podem responder por maus-tratos a animais e ainda pode ser condenado a dois anos de prisão.
As ONGs protetoras dos animais pretendem exigir da Justiça uma penalidade para que o caso sirva de exemplo para o resto do Brasil.
“É um crime que não pode ficar impune, estamos esperando apenas o fim do recesso no Judiciário para entrar com ação”, afirma o presidente da Associação Protetora dos Animais “Mão Amiga”, Marco Antonio Rodrigues, que salvou o cãozinho da morte.
Ele quem desenterrou o animal e levou para a veterinária. “Ele está lindo. Agora queremos mobilizar a sociedade para que esses maus-tratos acabem”, afirma.